quinta-feira, 30 de abril de 2009

Os delírios de Mayra Bloom

Se um dia eu tiver muito dinheiro, vão ter de me interner para não sair por aí comprando tudo que estiver à venda. Já tive crises de querer comprar todas as cores de caneta da papelaria, todas as bolsas (de camelô!) perto da faculdade, todos os cds em promoção (na época que minha internet era discada... já tem anos, isso!)... Ainda bem que foram com coisas baratas... Mas poxa, a coisa sendo barata ou não, somada a outra coisa barata e a mais outra e a mais outra... Acaba pesando! Por isso mudei: às vezes, dependendo daonde eu vou, vou com intenção de comprar coisas - mas agora sou tão exigente (e mão de vaca) que muitas vezes acabo saindo dos passeios consumistas de mãos abanando...

Estamos, meu bem, por um triz pro dia nascer feliz...

Quando proibimos, eles fazem. Quando permitimos, perde a graça. Quem quer, trai. Quem tem vontade, apronta. Que tem sono, dorme - faz diferença apagar ou acender a luz? Há certas coisas que não adianta impor limites. Se os jovens são proibidos de ficar até tarde na rua mas estão dispostos a cometer erros, com certeza farão antes do horário limite. Se o limite fosse 15:00, até as 14:59 eles teriam tempo para fazer o que não deviam. Quem paga o pato são aqueles que apenas queriam se divertir até o dia raiar...

Perfeita? Aonde?

Já tive uma amiga que em tudo era melhor do que eu. Mais alta. Mais bonita. Enquanto tenho estranhos olhos cocôs, ela tinha olhos verdes. Meu cabelo era embolado[bb]. O dela era liso[bb]. Ela era extrovertida. Eu, muito tímida. Tinha muitos amigos. Muitos mas poucos. Eu tinha poucos. Poucos e muitos. Até hoje, nenhum garoto se declarou apaixonado por ela. Até hoje, alguns garotos já se declararam para mim. Descobri que para ela disfarçar a arrogância dela, ela se fingia de bem humorada. Eu descobri que tenho bom humor e passei a usá-lo para disfarçar minha timidez. Antes eu tinha inveja dela. Hoje eu tenho pena.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ex bom é ex que nunca existiu

Quando alguém morre, as pessoas só lembram das coisas boas. Guardam no coração todos os bons momentos, relembram com entes queridos as palhaçadas... Por isso não entendo quando dizem que ex bom é ex morto. Quem morre, vira herói. Ex bom é aquele que nunca existiu - ou age como tal. Aquele que você mal lembra da voz, esquece o perfume e acredita que o único beijo que vocês trocaram nem existiu - foi apenas um pesadelo.
Mas e quando o ex resolve aparecer na sua frente? Se ele foi um ex que é como se não tivesse existido, é fácil: ignore. Pode até ser cordiar e não mandá-lo para aquele lugar. Mas é isso. No minuto seguinte você nem lembrará do ocorrido (e talvez, no momento, nem tenha se dado conta que estava na frente dele, pois estava pensando no que ia almoçar - eu, pelo menos, costumo planejar minhas refeições.)
Mas e se ele era um ex morto, que se refez das cinzas, ou seja, um ex pelo qual você ainda cultivava algum sentimento (ódio ou amor)? Pode não ser fácil, pois se você ainda o ama, terá vontade de cair em seus braços. Se você o odeia, a vontade será de chutá-lo naquele "lugarzinho" que ele acredita que o faz homem. Mas calma! Só há um caminho seguro e que te dará muito mais satisfação do que os outros: olhe ele de cima a baixo, dê um sorriso de desprezo e dê as costas a ele. Eu, que não quero cair nos braços do meu ex e nem tive a oportunidade de chutá-lo no "lugarzinho", morro de vontade de fazer isso.



[Pauta para o site do Tudo de Blog 2009 da Revista Capricho]
 
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