terça-feira, 14 de maio de 2013

Confissão


Eu sinceramente não entendo porque a Nina me escolheu como humana favorita.

Eu abandono ela todos os dias para ir trabalhar. Sem querer, chuto ela todas as noites enquanto dormimos. Às vezes dou mais atenção a coisas nada importantes ao invés de brincar com ela ou fazer carinho compulsivamente na barriguinha dela, do jeito que ela gosta. E muitas vezes tropeço nela quando ando pela casa.
Mesmo assim, ela continua me esperando todos os dias na janela. Continua dormindo coladinha em mim (e dorme de forma super desconfortável quando dividimos nossa cama de solteiro com o Vítor). Ela continua insistindo para que eu acaricie sua barriguinha; ela não desiste. E continua andando colada aos meus pés, aonde quer que eu vá (exceto quando vou para a parte de baixo da minha casa, local em que ela só vai se souber que valerá MUITO a pena... Porque né... Cansa subir e descer escadas...).
É, Nina... Eu não te mereço! Pergunte à Lilica...

Ela te dirá que vale muito mais a pena escolher a vovó como humana favorita.

terça-feira, 23 de abril de 2013

2 anos e 7 meses


Nossa música é Clair de Lune, de Debussy. Mas se fosse para termos um compositor, eu diria que seria Rachmaninoff. 
As pessoas nos vêem como um casal de loucos, e até estranham que nossa música seja Clair de Lune. Essas pessoas não nos conhecem.
Mas Rachmaninoff sim. 
Em suas composições, Rachmaninoff conseguiu traduzir aquilo que brilha entre nós, que fica oculto ao olhar de quem está de fora dessa relação. Parece que o compositor nos conheceu muito antes que existíssemos, previu o nosso amor e o codificou em notas, sons e melodia. 
Ainda que aos olhos de outros pareça absurda, assumamos que esse é o tom que nos conduz. E tomemos Rachmaninoff como nosso.

(Ao som do Concerto n4, movimento 1.. Adivinha de quem.)
 
BlogBlogs.Com.Br